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Fonte: G1 RO - Em Polícia - 01/10/2020 09:29:00 hrs
Os prefeitos Luizão do Trento (Rolim de Moura), Glaucione Neri (Cacoal), Gislaine Lebrinha (São Francisco), Marcito Pinto (Ji-Paraná), e o ex-deputado Daniel Neri, presos por envolvimento em um suposto esquema de propina, foram transferidos de Ji-Paraná para Porto Velho nesta quinta-feira (1º). Eles passaram por exame no Instituto Médico Legal (IML) e permanecerão presos no comando da Polícia Militar (PM) na capital de Rondônia.
A informação sobre o encaminhamento dos cinco investigados para Porto Velho foi confirmada pela assessoria da Polícia Federal (PF). A ordem de transferência partiu do relator do caso, desembargador Roosevelt Queiroz. Os presos saíram do quartel da PM em Ji-Paraná com destino ao município por volta das 16h.
Reprodução/SICTV
O ministro Joel Ilan Paciornik, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), chegou a negar, na última quarta-feira (30), o pedido de liminar do habeas corpus de Luiz Ademir, de Glaucione Neri e do ex-deputado Daniel Neri. A defesa dos três políticos chegou a pedir para que o STJ fizesse a substituição da prisão preventiva dos suspeitos para prisão domiciliar.
A decisão monocrática do ministro cabe recurso e o habeas corpus deve continuar tramitando no STJ até a decisão do colegiado da corte. O G1 tenta contato com a defesa.
Operação Reciclagem
Glaucione, Daniel Neri e Luiz Ademir foram presos no dia 25 de setembro durante a Operação Reciclagem, da PF, para combater um esquema de propina. Além deles, na mesma ação foram presos o prefeito de Ji-Paraná (Marcito Pinto) e a prefeita de São Francisco do Guaporé (Gislaine Clemente, a Lebrinha).
As prefeitas Lebrinha e Glaucione Rodrigues Neri estão dividindo a mesma cela desde o fim de semana, no quartel da Polícia Militar de Ji-Paraná. Já os prefeitos Luiz Ademir Schock, Marcito Pinto e ex-deputado Daniel Neri estão em outra cela.
As prisões dos políticos foram autorizadas pelo Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO) devido aos vários indícios de provas contra os políticos denunciados. Alguns dos pagamentos de propina foram filmados por câmeras.
Na decisão, o desembargador ainda ordenou mandados de busca, apreensão e indisponibilidade dos bens dos acusados. Foram 'sequestrados' os seguintes valores dos prefeitos:
Afastamentos
Na mesma decisão, o desembargador determinou o afastamento dos prefeitos de suas funções. Por causa da pandemia, o TJ-RO diz que foi propiciado aos substitutos condições legais para assumirem os cargos de forma temporária, por 120 dias, nas prefeituras de Ji-Paraná, Cacoal, Rolim de Moura e São Francisco.
"Neste período, os gestores substitutos ainda permanecerão no exercício da função pública, nada impedindo que o gestor afastado volte às suas atribuições antes mesmo de esgotado esse prazo, considerando a finalização dos atos de investigação", afirma o Tribunal.
Investigação
Segundo o delegado Flori Cordeiro de Miranda Júnior, da PF, a investigação da operação Reciclagem começou em dezembro de 2019, após um empresário que prestava serviços às prefeituras delatar sobre um esquema de propina.
O denunciante relatou, à época, que uma das prefeituras teria condicionado o pagamento de uma dívida com um prestador de serviço ao repasse de propina. Diante disso ele decidiu denunciar a fraude e delatou os outros três municípios que adotavam a mesma prática de corrupção.
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