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Fonte: Fabiano Gomes - Em Artigos - 21/09/2021 09:25:00 hrs
Já não é mais somente a emergência ambiental, os desastres ecológicos localizados ou a perspectiva de elevação de temperatura do planeta o que nos assombra; O que nos move e assusta são dados e informações diárias dando conta do aumento no nível dos oceanos, a escassez de água para abastecer os grandes centros, a insuficiência do produto para atender à demanda da produção de alimentos e na contramão dos acontecimentos a crescente onda de ataques desses meios de produção ao que ainda resta de reservas naturais, de terras indígenas e biomas necessários ao equilíbrio ambiental do planeta.
A força de captação desses recursos pelo Capital – que se justifica na falácia da necessidade crescente da produção de alimentos em nível de mundo, a despeito da agricultura familiar e orgânica, é o motor do desflorestamento da Amazônia e do cerrado brasileiro, associado às queimadas sistemáticas promovidas por latifundiários nômades (devastam florestas por tempo determinado, plantando pasto e soja até a exaustão da terra, quando então passam à frente no mercado imobiliário, estas terras devastadas por anos de uso, sem que se promova a restauração ou compensação ambiental.
O avanço da tecnologia na produção de alimentos e conseqüentemente o desmate de grandes áreas de florestas para dar lugar aos plantios do agronegócio, a implantação de hidrelétricas de grande porte que inundam áreas agriculturáveis ou de extrativismo ou ainda o “ boom” da produção mundial de alimentos que exige toda uma logística de desmate, plantio, adubação química e dissecantes de sementes os quais tem trazido conseqüências graves ao meio ambiente ao Estado de Rondônia, fez com que no decorrer desses mais de 40 anos de ocupação da fronteira pelas levas de migrantes, deixasse um saldo de destruição de rios, nascentes, reservas florestais, sítios arqueológicos que contam a história de nossos ancestrais, etc.
Na região da Zona da Mata, cujo micro bacia principal é representada pelo rio São Pedro e seu afluente principal, o rio Bamburro, o domínio da água vem sendo exercido e legalizado para o consumo humano do produto tratado, da indústria de alimentos ( frigoríficos, criadores de animais, fábricas de ração animal, agricultores em larga escala, etc.), o que fez com que cerca de 70% do volume de água dos rios da região baixasse a níveis emergenciais. A Sedam – Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental mantém programas de recuperação de áreas degradadas e assoreamento nesta bacia, onde a recuperação das nascentes é um trabalho de suma importância para a revitalização do rio Anta Atirada, o que exige grande esforço técnico, Jurídico e de parcerias em todos os segmentos da sociedade.
Nesse ponto, o nexo causal o plantio de árvores em quantidade e com urgência para combater as alterações climáticas e o crescente desabastecimento de água, é uma estratégia de sobrevivência, haja vista que a população humana e animal só aumenta, além da demanda de produção de alimentos; As futuras gerações devem ater-se para estes fatos graves que virão interferir na economia e na saúde coletiva. Também devemos destacar os aspectos urbanísticos e a falta de verde na paisagem urbana de Rolim de Moura, cidade destituída de atrativos naturais, Praças e Parques, fatores complicadores para uma vida humana saudável e produtiva.
Finalmente, há que se destacar a utilidade da matéria prima, da madeira, na confecção moveleira, na indústria da construção e tantas outras utilidades, que por si justificam o constante plantio de espécies nativas, a fim de garantir a sobrevida de nossas florestas, da moradia e cultura dos povos indígenas, da diversidade na fito cultura, o abrigo da fauna. O desflorestamento a favor do capital é uma bomba relógio para as futuras gerações e os resultados já se mostram nos graves manifestos ambientais em todo o planeta.
Plante árvores, garanta o futuro!
Fabiano Gomes
Presidente Aruana – Ação Ambiental da Amazônia
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