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Bolsonaro nega agressões a enfermeiros e repórteres durante protestos e manda jornalistas calarem a boca

Para apoiadores, Bolsonaro negou que houve agressões em protestos. Aos jornalistas, ele se irritou quando questionado se havia tentado trocar o superintendente da PF no Rio.

Fonte: Uol, Isto É, Folha de S. Paulo, G1 - Em Política - 05/05/2020 02:46:00 hrs

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Bolsonaro nega agressões a enfermeiros e repórteres durante protestos e manda jornalistas calarem a boca
Reprodução

Após registros de agressões cometidas por apoiadores do governo em atos nos últimos dias, o presidente Jair Bolsonaro negou que tenha havido violência, mas não especificou se falava de uma manifestação específica ou de todas.

As agressões foram registradas, primeiro, na sexta-feira (1º), em um protesto de enfermeiros em frente ao Palácio do Planalto. Um pequeno grupo, que se apresentou como apoiador de Bolsonaro, começou a hostilizar os enfermeiros, defensores do isolamento social (o presidente é contra).

O segundo episódio ocorreu no domingo (3), quando profissionais da imprensa foram agredidos por militantes durante um ato pró-governo, também em Brasília. O ato defendia causas inconstitucionais e antidemocráticas, como fechamento do STF e do congresso.

Bolsonaro nega agressões a enfermeiros e repórteres durante protestos e manda jornalistas calarem a boca

Bolsonaro nega agressões a enfermeiros e repórteres durante protestos e manda jornalistas calarem a boca

Bolsonaro nega agressões a enfermeiros e repórteres durante protestos e manda jornalistas calarem a boca

Bolsonaro abordou o tema na saída do Palácio da Alvorada, enquanto ouvia uma apoiadora que relatava ter estado no protesto de enfermeiros no dia 1º e afirmava não ter havido violência.

"Para vocês entenderem como é essa imprensa que está aí. Mandei levantar se houve corpo de delito. Ele não pediu corpo de delito. Tá certo? Não fez corpo de delito. Então, se houve agressão, verbal, o que eles fazem o tempo todo conosco. A gente não pega agressão nenhuma, zero, zero agressão. Mas houve um superdimensionamento daquilo por parte da mídia, porque o interesse deles é um só, é tirar a gente daqui", afirmou Bolsonaro.

Nesta terça, o fotógrafo Orlando Brito, de 70 anos de idade, agredido na manifestação antidemocrática de domingo, foi convidado a almoçar com Bolsonaro e assessores no gabinete do presidente. Segundo relato de Brito feito a jornalistas, o presidente alegou não ter como controlar a multidão.

"Ele [Bolsonaro] repetiu que ele não tem culpa, que a culpa é da multidão, que imagine se ele não vai recriminar uma história dessas", disse Brito. "Ele disse que a multidão é incontrolável. Que ele jamais daria uma ordem para alguém agredir alguém", acrescentou o fotógrafo.

'Cala a boca'

Depois de ter falado com apoiadores na saída do palácio, Bolsonaro se dirigiu ao local onde ficam os profissionais de imprensa. Ele foi questionado pelos jornalistas se havia pedido a troca do superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, Carlos Henrique Oliveira. Bolsonaro mandou o jornalista calar a boca.

Ao deixar o cargo, o ex ministro da Justiça Sergio Moro denunciou que um dos motivos da insatisfação do presidente com o ex-diretor geral da PF, Maurício Valeixo, era a resistência dele em trocar o superintendente do Rio. Moro disse ainda que Bolsonaro tenta interferir politicamente na PF.

Jornalistas tentaram fazer a pergunta sobre o superintendente outra vez. Bolsonaro, de novo, mandou que calassem a boca, aos berros.

 

 

"Cala a boca! Cala a boca! Está saindo para ser diretor-executivo, a convite do atual diretor-geral. Não interfiro em nada. Se ele for desafeto meu e se eu tivesse ingerência na PF, não iria para lá. É a mensagem que vocês dão", disse o presidente a jornalistas.

Ele afirmou que Oliveira vai ser diretor-executivo da PF. O presidente alegou que Oliveira está sendo promovido. Mas, ao sair da superintendência e assumir a diretoria-executiva da PF, Oliveira deixaria a linha de frente das investigações. O diretor-executivo cuida de questões administrativas da PF e de áreas como: imigração, estrangeiros, registro de armas, controle de produção de substâncias químicas, portos e aeroportos.

Bolsonaro afirmou ainda que não tem nada contra Oliveira e que não tenta interferir na PF.

"Não tenha nada contra o superintendente do Rio de Janeiro. E não interfiro na Polícia Federal. E ele está sendo convidado para ser diretor-executivo. É o zero dois."

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