
25/09/2025 19:55 hrs
Economia
Fonte: Vitória Queiroz, da CNN, Brasília - Em Economia - 25/09/2025 09:19:00 hrs
No Relatório de Política Monetária divulgado pelo BC (Banco Central) nesta quinta-feira (25), a autoridade destaca que as concessões do crédito livre às famílias — com recursos negociados com o mercado — recuaram nos últimos meses, impactadas pelo patamar elevado na taxa básica de juros e pelos requisitos mais rigorosos para novas operações do consignado do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).
Segundo o BC, houve uma queda acentuada das concessões de crédito consignado para aposentados e pensionistas do INSS nos últimos três meses. Após a descoberta de fraudes na folha de pagamento dos beneficiários, o órgão impôs a obrigatoriedade da biometria para o desbloqueio para contratação de novos empréstimos.
“A exigência de autenticação biométrica para novas operações, desde maio, diminuiu a concessão diária pela metade, em um primeiro momento. A partir daí, o volume das novas operações voltou a subir, mas ainda se encontra em nível reduzido”, diz o relatório do BC.
Na avaliação da autoridade monetária, a Selic em 15% ao ano também tem influenciado as concessões de crédito às pessoas físicas. É o maior patamar para a taxa básica de juros desde 2006.
Apesar do cenário, o BC sinalizou que as concessões do consignado para trabalhadores do setor privado, que haviam registrado maior volume em abril e recuado nos dois meses seguintes, mostraram forte crescimento após o término da exigência de destinar os recursos da operação de crédito para a quitação de débitos anteriores. O programa Crédito do Trabalhador foi lançado pelo governo em março.
De acordo com o Ministério do Trabalho e Emprego, a taxa média de juros dos empréstimos consignados por meio do programa recuou para 2,62% em 4 de setembro. No 1° dia do programa, 21 de março, a taxa média cobrada pelas instituições financeiras era de 3,48%.
Empresas
No crédito livre às empresas, as concessões das modalidades de curto prazo diminuíram em junho e julho, impactadas pelo aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras). De acordo com o relatório do BC, concessões da modalidade desconto de duplicatas e recebíveis recuaram 15% no trimestre encerrado em julho, com as mudanças na tributação sobre operações de “risco sacado”.
“Essas operações devem se recuperar nas próximas leituras, dado que em meados de julho o “risco sacado” voltou a ficar isento do imposto”, diz o documento.
O relatório destaca que as empresas aumentaram a contratação das linhas de financiamento à exportação, que são isentas, como alternativa ao aumento do IOF. O BC verificou também aumentaram os financiamentos no mercado de capitais domésticos, ampliando as emissões de títulos de dívida.
Estatísticas Monetária e de Crédito
Em julho, o saldo das operações de crédito do SFN (Sistema Financeiro Nacional) registrou expansão mensal de 0,4%, quando totalizou R$ 6,7 trilhões. De acordo com o BC, o resultado decorreu do incremento de 0,6% no crédito destinado às famílias (R$ 4,2 trilhões), que foi atenuado pela contração de 0,1% no crédito às empresas, que totalizou R$ 2,5 trilhões no mês.
O saldo das operações de crédito com recursos livres, ou seja, com recursos negociados com o mercado, alcançou R$ 3,9 trilhões em julho. É um avanço de 0,2% no mês e um incremento de 9,4% em 12 meses.
O crédito livre para empresas somou R$ 1,6 trilhão em julho, com retração mensal de 1%, influenciada pelas reduções nas carteiras de desconto de duplicatas e outros recebíveis (-9,3%) e de capital de giro total (-0,6%). Já o crédito livre às pessoas físicas totalizou R$ 2,3 trilhões, alta de 1% no mês.
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