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Fonte: g1 RO - Em Saúde - 02/08/2024 12:35:00 hrs
O estado de Rondônia amanheceu coberto por fumaça nesta sexta-feira (2). Imagens feitas por satelites motram todo o estado com uma camada branca de fumaça.
A Rede Amazônica também registrou os céus de Porto Velho nesta manhã e mostram a dimensão da "nuvem" de poluição causada pelas queimadas registradas na região.
O ar respirado pelos portovelhenses é o pior do país nesta sexta-feira, segundo a análise da IQAir, empresa suíça de tecnologia de qualidade do ar. A capital rondoniense fica a frente de cidades como São Paulo (SP) e Manaus (AM).
Segundo medição realizada pela IQAir nesta sexta, entre às 8h e 9h (horário local), a capital rondoniense apresentou um Índice de Qualidade do Ar (IQA) de 272, classificado como "muito insalubre". Quando maior o IAQ, mais poluído e danoso é o ar.
De acordo com os níveis indicados pelo sistema Purple Air, o número é alarmante, e coloca em risco a saúde de todos que tiverem 24 horas de exposição.
Imagens de satélite em tempo real, que detectam a presença de Monóxido de Carbono (CO) na atmosfera, mostram que Porto Velho está em uma região com maior concentração de CO do Brasil. O gás é gerado, principalmente, pelo uso de combustíveis fósseis (petróleo, carvão e gás natural). O mapa também mostra que grande parte do Estado de Rondônia é afetado pelo gás carbônico.
Especialistas relacionam as novas frentes de desmatamento, avanço das pastagens no sul do Amazonas e as queimadas na região como os principais responsáveis pela péssima qualidade do ar. Um dos principais poluentes do ar na capital de Rondônia é o PM 2,5, uma partícula inalável ultrafina que é mais difícil de ser eliminada no organismo.
Consequências na saúde
A pneumologista Ana Carolina explica que a diminuição da umidade do ar e o aumento da concentração de partículas finas (PM 2,5) na atmosfera, devido à poluição e redução de chuvas, podem causar ou agravar diversas doenças respiratórias na população, as mais comuns são:
Também há o aumento de doenças infectocontagiosas, (viroses e gripes). Além disso, crianças, idosos e pessoas com doenças respiratórias crônicas são os grupos mais vulneráveis.
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