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Justiça
Fonte: G1/RO - Em Justiça - 08/11/2019 01:29:00 hrs
A Justiça de Vilhena (RO) marcou, para 5 de dezembro, o júri popular de Willians M. D; Ele é o principal acusado de ter matado um motorista de 70 anos com uma pedrada, durante a greve dos caminhoneiros em maio de 2018.
Atualmente Willians responde pelo crime em liberdade. Na decisão para marcar o júri, a juíza Liliane Pegoraro destaca que a investigação da Polícia Civil concluiu que o acusado teria assumido o risco de matar José Batistela, pois arremessou uma pedra de 2 quilos no para-brisa do caminhão dirigido pela vítima. O ataque foi no km 9 da BR-364, em Vilhena.
Segundo o judiciário, Willian será julgado por homicídio qualificado, pois o recurso usado no crime impossibilitou a defesa de José Batistela. O júri popular está marcado para 5 de dezembro, a partir de 9h.
Procurada pela Rede Amazônica, o advogado José Francisco negou que seu cliente tenha praticado homicídio doloso. Segundo ele, Willians não tinha a intenção de matar o caminhoneiro quando arremessou a pedra.
Willians em liberdade
Em fevereiro deste ano, Willians conseguiu uma autorização do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para responder a acusação de homicídio em liberdade.
A decisão de soltar Willians partiu do ministro Jorge Mussi, do STJ. Na época, o relatou destacou na decisão que não há empecilhos para que o acusado responda o processo fora do presídio, mas determinou que o réu usasse tornozeleira eletrônica como forma de medida cautelar.
Homicídio na greve dos caminhoneiros
O caminhoneiro José Batistela, de 70 anos, foi morto no dia 30 de maio, próximo a um ponto de manifestação na BR-364, com uma pedrada na cabeça. O caminhoneiro carregava madeira e, quando decidiu seguir viagem, foi atingido na cabeça por uma pedra.
Segundo a Polícia Civil, a pedra foi arremessada de baixo para cima por Willians. Ele se entregou no dia 7 de junho e confessou o ataque, mas disse não ter intenção de matar o caminhoneiro.
Conforme as investigações, Willians também é caminhoneiro e estava insatisfeito com o fim da greve da categoria. Após a prisão, a defesa fez vários pedidos de liberdade à Justiça, mas todos foram negados.
O Ministério Público de Rondônia (MP-RO) afirma que o réu precisa responder por homicídio doloso, pois a vítima foi surpreendida com a pedra. No ano passado, a defesa de Willians pediu a desclassificação do crime de homicídio doloso para homicídio culposo – quando não há a intenção de matar – e ainda requereu a exclusão da qualificadora.
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