Em cinco dias de ação contra a extração ilegal de ouro no rio Madeira, em Rondônia, a Polícia Federal (PF) destruiu 138 embarcações tipo balsa, causando um prejuízo estimado de R$ 30 milhões para os garimpeiros rondonienses. O volume de ouro extraído e comercializado ilegalmente é inestimável. A Operação Leviatã é organizada pela Delegacia de Repressão a Crimes Ambientais e envolveram a participação de policiais rodoviários federais, agentes da Força Nacional de Segurança Pública, além de representantes do IBAMA e SEDAM (RO).

A operação não é limitada ao combate de extração ilegal de ouro. Além das forças policiais, participaram da operação servidores do Ministério Público do Trabalho (MPT) e do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), que adotaram providências relacionadas às condições precárias de trabalho às quais estavam submetidos os trabalhadores encontrados nas balsas.

No Amazonas
O combate no Amazonas também é intenso com mais 132 balsas inutilizadas entre as cidades de Humaitá e Manicoré (AM). A Operação Boiuna é um cumprimento a ordem judicial da Justiça Federal no Amazonas e consiste em combate a extração ilegal de ouro entre Manicoré e Humaitá, no Amazonas.

Como parte da Operação Boiuna que combate garimpos ilegais no rio Madeira, perito da Polícia Federal (PF) iniciou investigação sobre contaminação de mercúrio na população ribeirinha. O material coletado será analisado do Centro de Cooperação Policial Internacional Amazonas para identificar eventuais níveis de contaminação por mercúrio. As análises serão conduzidas pelo setor de perícias na Superintendência das PF em Manaus.

A soma
As ações em conjunto das Operções Leviatã e Boiúna são coordenadas pelo Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia (CCPI Amazônia. Até sexta-feira (19), as duas operações somavam 270 balsas destruídas em garimpos ilegais no rio Madeira no trecho entre Porto Velho (RO) e Manicoré (AM), conforme dados da Polícia Federal. A operação iniciou no dia 15 deste mês de setembro.