Durante esta quinta-feira (04), os postos de saúde de Rolim de Moura continuaram a fazer os testes rápidos recebidos do Governo do Estado na ação Mapeia Rondônia.

Ontem (03), 330 testes foram realizados na ação chamada 'Dia D' nas unidades básicas de saúde de Rolim de Moura e Nova Estrela. Na ocasião, 21 testes deram positivo. No boletim divulgado hoje às 14 horas, o total de casos positivos no município aumentou para 70. 

Hoje, na continuação da testagem da população, foram realizados 132 testes, dos quais:

• 119 deram negativos
• 13 deram positivo para Covid-19

Não foram divulgados, porém, o total de casos positivos após a realização destes testes rápidos, mas o total de positivos pode passar de 75. O resultado oficial será divulgado pela secretaria de saúde no boletim de amanhã (05).

A equipe do TribunaTop entrou em contato com um biomédico do município para que esclarecesse algumas dúvidas quanto a confiabilidade e precisão dos testes rápidos. Segundo ele, os testes rápidos apresentam boa confiabilidade se realizado no momento certo.

"Alguns testes pedem que o exame seja feito com 5 a 7 dias de sintomas. Outros pedem que seja feito com 7 a 10 dias de sintomas. Nestes casos, a confiança nos resultado pode chegar a 85%. Os testes realizados em Rolim de Moura devem ser realizados após 5 a 7 dias de apresentação de sintomas. Os sintomas mais comuns da Covid-19 são febre alta, dores pelo corpo, dor de cabeça, dor de garganta, tosse seca, calafrios, cansaço. Em casos mais graves apresentam dificuldade na respiração", disse.

"O teste rápido é realizado com um pequeno furo no dedo. Aquela gota de sangue é colocado no teste, e em seguida, o reagente. É rápido. Com 15 minutos você tem resultado. Esse teste identifica os anticorpos presente no nosso organismo que identificam uma infecção contra o vírus, chamado IgM e IgG. O IgM é o primeiro marcador a aparecer quando se está na fase inicial da infecção. O IgG é chamado de memória, pois é ele quem vai identificar o invasor e gardá-lo na memória, criando a imunidade. O teste rápido procura estes dois marcadores, por isso pede-se esse tempo com sintomas, pois é o tempo que o corpo demora para produzir marcadores suficientes que possam ser identificados pelos testes".

"Diferente do RT-PCR, que busca identificar o DNA do vírus na amostra. Esse é mais complexo. Porém, com três dias após apresentação dos sintomas, já pode fazer este exame que irá identificar se o vírus está no corpo. Pesquisas dizem que o exame pode ser feito com até 14 após a provável infecção ou apresentação dos sintomas".

"O exame é feito inserindo um swab, uma espécie de cotonete, no nariz e na boca no paciente. É coletado uma pequena amostra da secreção do nariz e da saliva na boca. Essa amostra é refrigerada e enviada ao laboratório de referência, aqui no caso, o Lacen em Porto Velho, para realização do exame. Uma máquina ira identificar a presença do vírus no corpo através de reações químicas que identificarão a presença do DNA do vírus na amostra e dará um resultado positivo, negativo ou inconclusivo".

"Um resultado inconclusivo para Covid-19 quer dizer que a coleta foi realizada corretamente, o laboratório fez o exame corretamente, mas não foram encontrados quantidade suficientes do vírus na amostra. Isso quer dizer que ou passou do período para realização do exame, ou foi realizado muito cedo. Em alguns casos, também, isso quer dizer que o paciente é assintomático, não apresentou sintomas da Covid-19, e está no estágio final da infecção".

"Os testes rápidos são confiáveis nos termos de uso descritos em seu protocolo. Dificilmente um teste irá apresentar um falso-positivo. Se o teste der positivo para IgM e IgG, significa que a pessoa está com o vírus. Se der apenas o IgG positivo, a pessoas teve a doença e apresenta imunidade a ela. Porém, o teste pode dar um resultado falso-negativo. Isso pode acontecer se for realizado ou antes ou após o período de sintomas. É isso que diversos pesquisadores buscam resolver: a lacuna que existe do 1º ao 5º dia de sintomas e após o 14º dia de sintomas".